Apesar da lenta recuperação econômica do país e da alta inflação, o mercado imobiliário em 2023 é projetado para atingir novos recordes de vendas e lançamentos.
Nos últimos anos, o mercado imobiliário brasileiro tem mostrado sinais de recuperação após um período de recessão econômica. Em 2021, houve um aumento significativo nas vendas e lançamentos de imóveis em diversas regiões do país. Confira sobre as projeções para o Mercado Imobiliário em 2023.
Segundo dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), as vendas de imóveis novos cresceram 36,8% no primeiro semestre de 2021 em comparação com o mesmo período de 2020. Além disso, o número de lançamentos de novos empreendimentos cresceu 57,7% no mesmo período.
Recapitulando: o mercado imobiliário nos últimos anos
No entanto, o mercado ainda enfrenta alguns desafios, como a alta inflação e a instabilidade econômica causada pela pandemia de COVID-19. Além disso, a escassez de materiais de construção e o aumento dos preços desses materiais podem afetar os preços dos imóveis e a velocidade dos lançamentos.
Apesar desses desafios, alguns especialistas criam estimativas de crescimento com ótimas projeções para o Mercado Imobiliário em 2023 no brasil. Segundo uma pesquisa da consultoria Deloitte, a maioria dos executivos do setor imobiliário acredita que o mercado irá se recuperar nos próximos dois anos e que o aumento da demanda por imóveis será impulsionado pelo interesse em imóveis maiores e com espaços ao ar livre, em resposta à pandemia.
Outro fator que pode impulsionar o mercado imobiliário é a queda da taxa básica de juros (Selic), que pode tornar os financiamentos imobiliários mais acessíveis e atraentes para os consumidores. No entanto, as previsões sobre a Selic e outras variáveis econômicas são incertas e podem mudar ao longo do tempo.
Em resumo, embora não possamos prever o futuro com precisão, há indícios de que o mercado imobiliário brasileiro continuará a se recuperar em 2023, apesar dos desafios econômicos e da instabilidade causada pela pandemia. No entanto, cabe aos consumidores avaliar cuidadosamente sua situação financeira e tomar decisões informadas sobre a compra ou aluguel de imóveis.
Recorde de vendas e lançamentos do mercado imobiliário na pandemia
Apesar da crise provocada pela pandemia de COVID-19 em 2020, o mercado imobiliário brasileiro surpreendeu e registrou um recorde no número de vendas e lançamentos de unidades. Diferentemente de outros setores da economia, as métricas do período apontaram um crescimento significativo, com uma alta de 1,1% nos lançamentos e de 23,6% nas vendas, segundo dados da Abrainc.
A taxa Selic, que atingiu em agosto de 2020 o patamar histórico mais baixo de 2% ao ano, favoreceu o aumento das vendas de imóveis naquele período. No entanto, a partir de abril de 2021, a taxa Selic começou a subir e encerrou o ano em 9,25% ao ano, o maior patamar desde 2017.
Apesar do aumento do custo do financiamento imobiliário, o mercado imobiliário continuou a bater recordes de vendas e lançamentos. De acordo com a Abrainc, os lançamentos de imóveis cresceram 27% em 2021 em comparação com 2020, totalizando 153,7 mil unidades, enquanto as vendas líquidas subiram 4,5%, chegando a um total de 126,7 mil unidades.
Em resumo, mesmo em meio a uma crise sanitária e econômica, o mercado imobiliário brasileiro apresentou um desempenho surpreendente e promissor, consolidando-se como uma opção atrativa tanto para quem busca adquirir a casa própria quanto para investidores.
Sucesso dos imóveis de alto padrão
O mercado de imóveis de luxo no Brasil não apenas resistiu à pandemia, como também registrou um crescimento significativo em 2021. De acordo com a Abrainc, as vendas de imóveis de alto padrão cresceram 32% no período em comparação a 2020.
Além disso, o setor de imóveis populares também teve um bom desempenho, com um aumento de 27% nos lançamentos residenciais no mesmo período e ótimas projeções para o Mercado Imobiliário em 2023.
Cenário atual: o mercado imobiliário brasileiro em 2022
Apesar das altas consecutivas da Taxa Selic, o mercado imobiliário brasileiro continuou aquecido em 2022. No primeiro semestre do ano, o número de novos imóveis vendidos aumentou em 18% em relação ao mesmo período de 2021, totalizando 87.655 unidades vendidas.
Quando se trata de imóveis residenciais de alto e médio padrão, as vendas tiveram um aumento expressivo de 103% entre janeiro e junho de 2020, em comparação ao primeiro semestre de 2021.
Os dados do Indicador Abrainc-Fipe também mostram que, no período, 62.414 unidades foram lançadas no mercado, um aumento de 3% em comparação com o ano anterior. No entanto, as vendas de unidades superaram o número de lançamentos, indicando uma tendência de alta no setor imobiliário brasileiro.
Cresce a intenção de compra de imóveis
O interesse em comprar imóveis vem crescendo mesmo com a lenta recuperação da crise econômica no país.
Segundo levantamento da Brain Inteligência Estratégica em parceria com a ABRAINC, 31% dos brasileiros das classes média e alta buscam um novo imóvel, seja para investimento, para aumentar o patrimônio ou para sair do aluguel.
Os entrevistados apontaram diversas razões para a compra de um imóvel, tais como:
Esses dados apontam para resultados otimistas para o mercado imobiliário em 2023, mesmo em meio à lenta recuperação econômica e alta inflação no país. Espera-se um aumento no lançamento e venda de imóveis nos próximos semestres.
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